A presença de receptores mecânicos e nociceptivos nos tecidos articulares justificam o mecanismo neurofisiológico que decorre da manipulação pois podem modular o sistema sensorial. O estresse pequeno e rápido no sentido da “separação” de duas superfícies articulares pode provocar repercussões nos níveis de excitabilidade de neurônios motores relacionados ao segmento manipulado.
Vários estudos evidenciam respostas clínicas decorrentes dessa manipulação, entre eles, de Bicalho et al, (2010) que, utilizando um protocolo de avaliação eletromiográfica dos músculos paravertebrais, observaram que uma manipulação vertebral de alta velocidade aplicada em indivíduos com dor lombar crônica aumenta a mobilidade do tronco e também provoca respostas inibitórias neuromusculares. Outro exemplo pode ser o estudo de Descarreaux et al. (2004) que relataram que o tratamento manipulativo em pacientes com dor lombar crônica inespecífica foi eficaz na diminuição da sensação de dor mensurada pela escala visual analógica e que estes resultados duraram 10 meses.
A manipulação é uma das “ferramentas” utilizadas pela Osteopatia para o tratamento do indivíduo em busca do alívio das dores.
BICALHO E, SETTI J, MACAGNAM J, CANO J, MANFFRA E. Immediate effects of a high-velocity spine manipulation in paraspinal muscles activity of nonspecific chronic low-back pain subjects. Manual Therapy,vol. 15, p.:469–75, 2010.
DESCARREAUX, M; BLOUIN, J; DROLET, M; PAPADIMITRIOU, S; TEASDALE, N. Efficacy of Preventive Spinal Manipulation for Chronic Low-Back Pain and Related Disabilities: A Preliminary Study. Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics, vol. 27, n. 8, p. 509-514, 2004.
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