Para começo de conversa, é importante destacar algo relevante: a pele. Sendo a maior víscera de nosso corpo chegando a uma área de 1,8m2, ela é exposta a diferentes estímulos no nosso dia-a-dia, pelo tato e pelo contato com a luz e líquidos. Esse órgão envia e recebe informações de todo o corpo através de sua inervação refletindo:
Abaixo da derme, há outros tecidos que devem ser destacados. São eles:
E se for a pele da região abdominal, devemos levar em consideração o:
A fáscia é um tecido conectivo que liga uma estrutura a outra mas que também separa um tecido de outro podendo ser músculos, vasos, nervos, ossos e as vísceras. O peritônio é um tipo de fáscia que recobre as vísceras e ele é dividido em duas estruturas:
Como surgem as cicatrizes? A resposta é simples: a cicatriz é a resposta do corpo frente a uma lesão seja decorrente de uma trauma ou de uma cirurgia.
E como uma cicatriz pode se tornar ativa ou esteticamente afetada?
Quando um dos processos de cicatrização (hemostasia, inflamação, proliferação e remodelamento) é afetado – geralmente alterado por medicamentos, genética, idade ou fatores neuro-inflamatórios -, podem ocorrer deformidades nas cicatrizes gerando 3 tipos de anormalidades:
Os achados de uma cicatriz ativa são:
A cicatriz também pode se aderir ao osso nos casos de extremidades ou nas camadas mais internas no caso do abdome, podendo chegar até a víscera do local da incisão. Encontra-se restrição na mobilidade desses tecidos e, em alguns casos, dor. É importante lembrar que nem todas as camadas da cicatriz estarão ativas. É importante que todas as camadas sejam avaliadas da superficial para a profunda, aprofundando cada vez mais o contato na avaliação. Algumas teorias são propostas para o alívio dos sintomas mediante à manipulação da cicatriz.
Além da liberação tecidual favorecer a biomecânica dos tecidos, há também um aspecto neurológico que ocasiona um reset do circuito neurológico e, assim, uma liberação do estímulo doloroso. Acredita-se também que haja um componente biomecânico e neurológico na liberação das cicatrizes. Sabe-se que o uso de manipulações cicatriciais leves nos estágios intermediários de cicatrização além de ajudar no aumento da flexibilidade e prevenir adesões com os tecidos adjacentes tem efeito anti-inflamatório. As pressões aplicadas pela mobilização de cicatriz melhoram o processo de reparação e remodelamento de tecidos lesionados.
Entre em contato com o CBO!