O professor Eduardo Fusatto, docente da pós-graduação do Colégio Brasileiro de Osteopatia (CBO) apresentou em dezembro de 2012 a sua tese de mestrado em fisioterapia pela Universidade Metodista de Piracicaba – Unimep.

A tese, que leva o título de “Análise da Influência da Administração da Melatonina no Sistema Cardiovascular e Muscular de Ratos Desenervados” foi orientada pelo Dr. Carlos Alberto da Silva e avaliada pelos participantes da banca, os Doutores Maria Luiza Ozores Polacow e Gabriel Borges Delfino.

Com a conclusão do mestrado do professor Eduardo, todos os professores do CBO passam a possuir título de mestre, além dos doutores que compõem parte significativa do seu quadro de professores. Assim, em sua plenitude, os professores da CBO possuem vasta experiência clínica e de docência em graduação e pós-graduação, uma condição  almejada pelas melhores Universidades Brasileiras.

Prof. Eduardo Fusatto

• Fisioterapeuta – UNIMEP (Universidade Metodista de Piracicaba)
• Especialista em Fisioterapia Desportiva – UNIMEP (Universidade Metodista de Piracicaba)
• Certificado em Osteopatia – IDOT
• Mestre em Fisioterapia – UNIMEP (Universidade Metodista de Piracicaba)
• Docente das disciplinas de cinesioterapia, cinesiologia e métodos e técnicas de avaliação em Fisioterapia (Unianhnaguera) – Piracicaba
• Docente do Colégio Brasileiro de Osteopatia (CBO).

Abaixo um breve resumo da tese:

Título: Análise da influência da administração da melatonina no sistema cardiovascular e muscular de ratos desnervados

Data: 12/12/12

Banca: Dra. Maria Luiza Ozores Polacow e Dr. Gabriel Borges Delfino

Orientador: Dr. Carlos Alberto da Silva

Universidade: Universidade metodista de Piracicaba

Resumo

A musculatura esquelética exerce um papel importante no controle glicêmico, sendo assim, a homeostasia metabólica das fibras musculares pode ser comprometida por diferentes fatores, tal como na desnervação. A melatonina é a principal substância secretada pela glândula pineal, sua ação decorre de dois subtipos diferentes de receptores de proteína-G: MT1 e MT2 e ainda via um receptor de membrana chamado quinona oxidoredutase 2 (MT3). O objetivo deste trabalho foi investigar no músculo esquelético de ratos submetidos à desnervação, os eventos histológicos e quimiometabólicos ligados ao tratamento com melatonina, analisando por meio de metodologia bioquímica, parâmetros indicadores do status nutricional. Foram utilizados ratos Wistar, divididos em quatro grupos com n=4, sendo: grupo contro le (C), Tratado Melatonina (TM), Desnervado (D) e desnervado tratado com melatonina (DT), durante 7 dias as 7 horas da manhã para manter as concentrações circulantes, mesmo durante o dia. O glicogênio (GLI) foi analisado no músculo sóleo (S) e gastrocnêmio branco (GB), por meio do método fenol sulfúrico. A análise da concentração de proteína total foi realizada no S, pelo método colorimétrico (kit laboratorial) e a Interleucina 6 (IL-6) plasmática determinada pelo método ELISA. Avaliou-se ainda a constante de decaimento da glicemia, o perfil eletrocardiográfico, o perfil hematológico e os níveis dos ácidos graxos (estado de saúde). A análise histomorfométrica foi feita no sóleo, submetido a processado histológico para coloração em Hematoxilina-Eosina (HE). Análise estatística foi realizada através do teste de normalidade de Shapiro-Wilk, ANOVA: one way e teste de Tukey, p<0,05. O GLI do S foi maior no grupo TM e DM comparado ao seu controle; no músculo GB, os grupos D e DM foram menores que o C e TM. O peso do sóleo foi maior nos grupos tratados (TM e DM) em relação aos grupos não tratados (C e D), bem como a concentração de proteínas totais. A concentração pIasmática de IL6 mostrou-se elevada no grupo D e recuperou as concentrações controle no DT. No que se refere às alterações cardíacas, todos os grupos tratados apresentaram redução em todos os segmentos do ECG, frequência cardíaca e reflexo na redução da pressão arterial. Na análise histológica, foi verificado aumento no conteúdo de tecido conjuntivo e redução na área de secção transversa do grupo D e DT. O tratamento com melatonina promoveu melhora no padrão metabólico da musculatura desnervada, porém não impediu a atrofia.